quinta-feira, 17 de março de 2011

Pacto - parte 3

Havia um sentimento cruel envolvido no pacto, não poderiam entregar suas almas, seria o fim para todas as cinco, porém se optassem em entregar as suas amizades em sacrifício teriam de esquecer todos os bons momentos vividos até ali.
E foi assim, que naquele dia de formatura elas chegaram à conclusão final: dariam suas amizades em troca de tudo que o estranho havia proporcionado, era tão árduo quanto darem suas almas, mas assim teriam a chance de seguir suas vidas livres do pacto que haviam aceitado.
Depois daquele baile de formatura uma a uma as amizades foram se dissolvendo, cada uma das cinco foi rumo à uma vida diferente.
Para muitos foi simplesmente uma amizade que chegou ao fim, mas quem soube do pacto  sabe muito bem que elas venderam os seus sonhos, suas lembranças em troca de facilidades.
E o estranho?
Dizem que anda até hoje em busca de quem entregue a alma, e somente assim ele terá paz. Por isso se você é um universitário tome muito cuidado quando alguém lhe oferecer vantagens, nada vem de graça e você pode estar fazendo parte do pacto.
E somente os que conhecem o pacto podem contar esta história...
Você foi bem na faculdade???

sexta-feira, 11 de março de 2011

Pacto Parte 2


Era uma imagem assustadora, mas ao mesmo tempo seduzia as garotas, mas a estranha aparição olhou fixamente nos olhos de cada uma delas e com uma voz cavernosa disse:
_ A cada uma de vocês reservo o sucesso no que fazem neste momento, jamais terão de ter qualquer esforço, jamais serão segundas em nada...porém para isso terãode me dar algo em troca.
Elas se entreolharam, o que poderia ter para dar em troca?
_ O que quer de nós? Perguntou Mayara.
_ Por quatro anos terão o sucesso, serão sempre as melhores, ao final destes anos terão de escolher: Ou suas almas ou sua amizade.
Por instantes calaram-se, depois entre elas trocaram algumas palavras e por fim Renata disse:
_ Está bem, faremos então um pacto, pode nos dar o que disse, seremos as melhores em tudo neste curso.
Numa risada macabra ele sumiu no ar.
Desde aquele dia elas passaram a ter facilidade em tudo que dizia respeito ao curso.
Mas os anos foram passando e estava na hora de decidir o que dariam ao estranho: suas almas ou a amizade que tinham entre elas.
Era o último ano da faculdade e a hora de decidir estava cada vez mais próxima.

domingo, 6 de março de 2011

PACTO - PARTE 1

Era o último ano da faculdade, cheio de trabalhos, dos planos da formatura, baile, roupa, discursos, juramentos, tanta coisa que tornava aquele ano o mais esperado e o mais estressante de suas vidas.
Era uma turma  normal, aproximadamente uns vinte e três acadêmicos, mas dentre  eles sempre se destacavam, fosse pela espontaneidade, pela aparência ou pelo desempenho nas disciplinas, cinco garotas.
Eram normais, mas sempre acabavam como o centro das atenções, jamais se via uma delas que fosse estudando, ao contrário, estavam sempre numa eterna festa, sorrindo, cantando, alegres como se ainda fossem adolescentes, mas na hora de apresentar provas as notas eram sempre as mais altas.
Na época boatos invadiam o campus, uns diziam que compravam os trabalhos, outros que tinham caso com alguém na universidade.
Mas na realidade o que aquelas cinco mulheres ocultavam estava além da imaginação de qualquer um dos outros.
Bem, para contar toda a verdade é preciso voltar ao início da faculdade, logo que o grupo se reuniu: Mayara, Myrian, Kalisca, Mirthes e Renata.
Assim que começaram a andar juntas nada havia de estranho, mas logo o comportamento delas começou a chamar atenção, ninguém podia levar a vida numa festa, sempre a sorrir e conseguir o destaque que tinham...
Começou numa noite muito escura, a cidade em polvorosa com  um crime qualquer que havia ocorrido, e nesta mesma noite a energia elétrica resolveu faltar.
Foi nesta noite que o destino das cinco mudou.
Sentadas numa das esquinas da cidade elas conversavam sobre assuntos sem importância quando ele se aproximou, era um homem, idoso, vestido com uma capa preta, seus olhos pareciam órbitas vazias, suas mãos pálidas saiam da capa como fossem apenas ossos.

quinta-feira, 3 de março de 2011

O Beijo da Morte- parte 04

Quando a gente ama não mede muito as consequências, procurei por tudo, não encontrei nenhum Isran, finalmente a desconfiança nasceu dentro de mim, quem era ele? Por que só aparecia protegido pelas trevas?
Naquele noite uma tempestade fenomenal tomou conta da cidade, mas mesmo assim fui ao cemitério, cheguei lá molhada, tremendo de frio e disposta a saber tudo sobre Isran.
Ele veio, tomou-me em seus bfraços e me beijou, dei certa distância e o interroguei:
_ Por que aqui? Por que nunca aparece de dia? Do que te esconde?
Ele me olhou, sorriu num sorriso de tristeza e me puxou para si, falou no meu ouvido algumas palavras e quando percebi estavamos novamente nos amando sob os túmulos.
_ Isran, não posso mais viver sem você,estou disposta a qualquer coisa...
_ Só Deus sabe o quanto me dói isso...
Amanheceu, Áurea estava desaparecida, logo procuravam por todosos cantos da cidade e nada, até que Ana sugeriu o cemitério...
Num canto antigo estava deitada sobre algo, suas unhas tinham vestígios de terra, ao erguer seu corpo inerte puderam notar uma lápide escavada por suas mãos e nela uma inscrição: Aqui descança Isran, eternamente em busca de seu grande amor.
Moral de tudo, daqui onde hoje estou percebi que recebi o beijo da morte desde o primeiro beijoque recebi dele, Isran era um espírito que vagava em busca de alguém que o amasse em morte o tanto que jamais fora amado em vida.

O Beijo da Morte - Parte 03

Mas nada do que eu falasse, nada do que argumentasse podia fazer com que ele ficasse ali, o vi partir novamente, sentei no velho túmulo e as lágrimas desceram da minha face.
Já não me interessava que ele poderia ser ou o que, o que me interessava era o que sentia, e era algo além do que os sentimentos podem traduzir.
Por dias andei triste, não sentia mais nenhum motivo para viver, minhas amigas tentavam me animar, mas já não interessava a amizade delas, nada mais interessava...
Ana, talvez a mais próxima certo diame chamou e perguntou:
_ O que tem feito você tão triste?
Suspirei, respirei omais fundo que pude e olhando nos seus olhos contei minha sina.
Percebi que o rosto dela se transformou, parecia que sentia medo de algo:
_ Aurea, você só pode estar ficando maluca! Não sabe quem é esse homem, não sabe de onde veio. Escondido em um cemitério, pode ser qualquer coisa, um maníaco, um criminoso... minha amiga, prometa que jamais voltará ao encontro dele. Prometa!
Eu prometi, prometi mentirosamente, prometi somente para que ela se calasse.
Naquela mesma noite voltei, e como sempre o encontrei entre os túmulos.
_ Você não deveria ter voltado,te pedi tanto...
_ Não posso mais viver sem você, é como se os dias da minha vida passassem sem me deixar viver, de que me adianta estar viva se não posso te encontrar.
_ Não faça isso...
_ Nem ao menos teu nome me disse, diga, para que possa recordar de quem tanto quero.
_ Meu nome... ah, é tão sem importância agora, mas meu nome é Isran.
_ Isran, então você é meu únicomotivo de estar aqui.
_ Você não sabe do que está falando, nada pode ser desde modo,não faça isso!
Me aproximei dele, e outra vez senti seus lábios nos meus, a atração era forte demais para que qualquer um de nós pudesse resistir.
Naquela noite me entreguei à ele sobre os túmulos, nos amamos como jamais creioque alguém poderá amar.
A única coisa que me deixava um tanto estranha era o corpo dele, não havia calor, havia tudo, prazer, desejo, mas não calor.
Assim que os primeiros sinais da aurora chegaram ele me pediu que fosse embora, saí dali radiante, era como se naquele momento nós dois fossemos uma só pessoa.
Naquele dia voltei para casa com uma certeza, nada seria mais da forma que era...
Por noites a fio nos encontramos e nos amamos.
Até um dia emque encontrei Ana novamente, e sabe estas amigas que têm um prazer em te estragar o prazer? Pois é, Ana tanto fez, tanto falou que meconvenceu a tentar descobrir quem era Isran, se alguém o conhecia, se morava pelas redondezas e por que só aparecia a noite.