quinta-feira, 3 de março de 2011

O Beijo da Morte- parte 04

Quando a gente ama não mede muito as consequências, procurei por tudo, não encontrei nenhum Isran, finalmente a desconfiança nasceu dentro de mim, quem era ele? Por que só aparecia protegido pelas trevas?
Naquele noite uma tempestade fenomenal tomou conta da cidade, mas mesmo assim fui ao cemitério, cheguei lá molhada, tremendo de frio e disposta a saber tudo sobre Isran.
Ele veio, tomou-me em seus bfraços e me beijou, dei certa distância e o interroguei:
_ Por que aqui? Por que nunca aparece de dia? Do que te esconde?
Ele me olhou, sorriu num sorriso de tristeza e me puxou para si, falou no meu ouvido algumas palavras e quando percebi estavamos novamente nos amando sob os túmulos.
_ Isran, não posso mais viver sem você,estou disposta a qualquer coisa...
_ Só Deus sabe o quanto me dói isso...
Amanheceu, Áurea estava desaparecida, logo procuravam por todosos cantos da cidade e nada, até que Ana sugeriu o cemitério...
Num canto antigo estava deitada sobre algo, suas unhas tinham vestígios de terra, ao erguer seu corpo inerte puderam notar uma lápide escavada por suas mãos e nela uma inscrição: Aqui descança Isran, eternamente em busca de seu grande amor.
Moral de tudo, daqui onde hoje estou percebi que recebi o beijo da morte desde o primeiro beijoque recebi dele, Isran era um espírito que vagava em busca de alguém que o amasse em morte o tanto que jamais fora amado em vida.

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