segunda-feira, 25 de abril de 2011

Sentada no jardim sua mente estava perdida, lembrava do beijo, queria não recordar, ignorar, mas no fundo algo dentro dela parecia contrariar estes seus desejos e ela não conseguia parar de pensar naquele homem, nas mãos dele a segurarem-na, nos seus lábios... Tudo parecia conspirar contra ela. Mas não era a hora de desistir...
Quando Dorothy chegou a casa encontrou uma Lizzie que não era a normal, distraída, cabeça no ar, por mais que ela falasse, contasse das coisas da fazenda de Bruno não parecia ser ouvida, nem ao menos o olhar da amiga se voltava para ela, cansada de falar sozinha Dorothy decidiu apelar:
_ Lizzie, tu estás surda ou o que?
_ Aã?
_ Onde tu está com a cabeça? Estou aqui falando sem parar e tu nem sequer olha para mim.
_ Desculpe Dorothy, eu estava pensando numas coisas...
_ Numas coisas ou num homem?


_ Ele foi lá à escola hoje...
_ E brigaram outra vez?
_ Brigamos e desta vez foi muito mais sério. Ele parece querer mandar em tudo e em todos que o rodeiam. Eu estive conversando com os pais e ele soube... Não gostou do que eu falei e acabamos discutindo por isso.
_ E o que mais aconteceu?
_ Ele me empurrou contra a parede, me disse um monte de asneiras e depois acabou me dando um beijo.
_ O que?
_ Eu fiquei furiosa com ele e saí de lá quase correndo.
_ E ele?
_ Ficou resmungando alguma coisa, mas não entendi.
_ Mas o que está acontecendo com os dois?
_ Acho que não suportamos um ao outro!
_ Eu já penso em outras coisas...
_ Idiota!
Naquela noite Frank havia ido até a casa de João Pedro para conversarem, a vida naquela fazenda passava vagarosamente, um marasmo total tomava conta de tudo.
_ Eu estava pensando seriamente em ir embora daqui assim que as coisas tomassem um rumo certo.
_ Mas eu havia pensado que tu irias ficar aqui na fazenda.
_ Não João, eu não poderei ficar aqui, quero me aproximar da minha família biológica e aqui não poderei fazer isso.
_ Mas tens a Lizzie, ela é tua prima e está aqui.


_ Mas não por muito tempo, eu não a conheço João, mas de longe pode-se ver que não é de ficar muito tempo num lugar.
_ Será que ela irá embora?
_ Não sei... Mas não acredito que fique, está muito indignada com a escola.
_ Mas é uma professora! O que tem contra a escola?
_ Não é contra a escola João, ela não é uma professora, é uma pedagoga, isso dá a ela uma formação, assim como nós temos nossos diplomas e acreditamos que sabem, os trabalhar com nossas profissões ela também pensa desta forma.
_ Não é a mesma coisa... Nós estudamos para ter uma profissão, mas esses tais de pedagogos não passam de professores e convenhamos que ser professor não é uma profissão das melhores.
_ João! Tenha ao menos respeito com os professores! Se não fosse por eles o mundo não andaria tão bem assim.
_ Tua priminha é uma garota muito teimosa, deveria comportar-se como uma destas professoras que aceita o emprego e fica quieta para não perdê-lo.
_ Ela não é assim, e nunca vai ser, entenda de uma vez por todas que ela não tem medo de ti como as outras pessoas têm.
_ Medo de mim? Por que teriam medo de mim?
_ Porque tu manda e desmanda, cuidado João, lembra bem da história do teu pai.
_ Meu pai amoleceu por ter se apaixonado pela minha mãe, mas isso foi há muitos anos, eu não sou cruel como ele, mas não vou deixar empregado meu me desobedecer.
_ João, eu sou teu amigo, mas quero deixar uma coisa bem clara: não faça nada que possa machucar a Lizzie, porque se tu fizer eu esqueço que somos amigos.


_ Nós somos amigos há muitos anos e tu conheceu essa garota agora. Não trocaria nossa amizade por ela. Trocaria?
_ Ela tem meu sangue...
_ Mas não foi gente do teu sangue que te criou...
_ Ela é minha prima, o resto da família eu não estou nem preocupado, ela nasceu anos depois de eu ter sido doado e mesmo assim viveu a me procurar.
_ E se for só um capricho dela? Um modo de desafiar a família.
_ Não me interessa o porquê, mas sim as conseqüências... Eu não quero que tu machuque ela.
_ Lizzie é teimosa, hoje discutimos feio outra vez, lá na escola, parece que lá ela fica ainda mais tinhosa, chega a ter nos olhos um brilho que me deixa possuído. Desculpe Frank, mas eu não consigo resistir e acabo perdendo a minha paciência com ela.
_ Cuidado com essa tua paciência curta!
_ Os pais dos alunos me contaram da reunião que ela fez, me falaram que ela disse coisas sobre direitos e deveres, que pediu que os pais não colocassem seus filhos para trabalhar, enfim, semeou suas idéias de Professorinha moderna na cabeça do meu povo.
_ E isso te deixou irritado?
_ Além de tudo um dos meus empregados contou que a mulher havia dito que ela estava o tempo todo sentada sobre a mesa do mestre, falaram das roupas dela, curtas, das jóias, de tudo... Eu não podia deixar ela continuar fazendo isso.
_ João, tu não tens que deixar, ela é livre!
_ Perdi a paciência com ela e acabei me excedendo e acho que deixei-a com um pouco de medo.
_ Como assim se excedendo?


_ Antes que ela te conte eu vou contar, já que tu agora é o defensor dela... Bem, eu a segurei contra a parede e disse umas coisas para ela.
_ O que tu disse para ela?
_ Que estava me irritando, me provocando, mas não foi isso que eu estava querendo te contar...
_ O que foi então?
_ Eu perdi completamente a minha cabeça, ela me deixa maluco com aquele ar de superioridade... Acabei dando um beijo nela a força, um beijo para que ela sentisse que não pode comigo.
_ E tu acha que a beijando a força vai convencê-la a desistir de te desafiar? Não conheces a minha prima João, agora mesmo é que tu comprou uma briga feia. Nunca a obrigue a fazer o que não quer, ela odeia que façam isso, é a pior coisa que podem fazer com ela.
_ Desculpe-me Frank, foi só um impulso...
_ Espero que sim...
_ Eu nem sei por que fiz isso, na verdade eu queria me livrar dela, dominar ela talvez, mas só consigo irritar mais ainda essa guria.
Frank havia percebido que o amigo não estava normal, não parecia ser o mesmo que já ouvira falar de outras mulheres e isso o deixou extremamente preocupado. Sabia que a prima não iria obedecer às ordens de João Pedro e sabia melhor ainda que João Pedro não iria suportar por muito tempo a teimosia de Lizzie, porém não restava nada além de esperar que as coisas tomassem rumo por si só. Interferir nas decisões daqueles dois não era tarefa fácil, ambos eram teimosos.


No dia seguinte foi à vez de Lizzie visitar o primo, estavam há alguns dias sem se verem e ela resolveu procurá-lo na casa em que estava morando:
_ Que bom que veio!
_ Fazem dias que não te vejo, nunca mais foi até a minha casa e eu estava com saudades.
_ Eu estava um tanto ocupado com os negócios da fazenda, mas pretendia ir amanhã até a tua casa.
_ Minha casa... Eu nem sei quem é o dono daquela casa...
_ João Pedro...
_ Era o que eu temia, mas até agora não vi nenhum fantasma por lá.
_ São lendas... Mas por falar no João eu soube que brigaram...
_ Quem te contou?
_ Ele, me contou tudo...
_ Eu estou a ponto de desistir de reabrir esta escola, está me custando muito caro, está me custando a minha paz.
_ O que ele te fez para que tu fique tão perturbada quando o encontra?
_ Ele nasceu...
_ Nossa! Que perigo! Ainda bem que tu foi com a minha cara...
_ Frank, eu só estou aqui porque queria ficar perto de ti, mas não vou suportar as ordens daquele fazendeirinho estúpido.
_ Já tentou conversar com ele sem brigar?
_ Não e nem vou tentar...
_ Liz, não vai fazer nenhuma besteira, não quero ter que explicar nada para teus pais.


_ Que besteira eu poderia fazer além de tentar matar esse cowboy metido a besta?
_ Não brinca com isso!
_ Eu só consegui falar com ele como gente civilizada no dia em que soube da morte do filho e nunca mais.
_ No fundo vocês não se odeiam, é só uma rixa tola.
_ Bom dia Frank, vejo que tu tens visita! João Pedro entrou na sala sem avisar.
_ Bom dia João! Frank foi o único que respondeu.
_ Nossa! Aqui se entra nas casas sem avisar? Lizzie procurou uma forma de provocar.
_ Olha só! A Professorinha está aqui e parece que continua tão ruim como antes. Se não fosse o teu primo, se não fosse à amizade que tenho por ele eu te juro Lizzie, eu te juro que acabava fazendo uma besteira só para ter do que me orgulhar.
_ Que história é essa João? Acho bom parar com isso! Frank percebeu as provocações de João Pedro.
_ Desculpe Frank, eu só estava brincando! João desculpou-se.
_ Frank, eu estou indo... Até breve...
_ Até breve Liz, amanhã eu vou até a tua casa.
Quando Lizzie saiu João Pedro procurou fazer com que Frank esquecesse a frase que ele havia pronunciado.
Não se sabe o que uma cabeça perturbada é capaz de fazer, mas não se sabe o que pode perturbar uma cabeça além do trivial.


Haviam algumas semanas que Lizzie estava preparando a escola, e naquela semana começou a atender algumas crianças para reforçar o aprendizado antes de iniciar o ano letivo, finalmente a paz parecia reinar naquela fazenda, João nem ao menos havia procurado por ela nos últimos dias que haviam passado e ela havia mesmo esquecido das ameaças dele, estava muito ocupada com as aulas para pensar nas besteiras dele.
Porém numa sexta feira pela manhã uma forte trovoada armou-se, temendo que as crianças tivessem de ir para suas casas com chuva Lizzie acabou por dispensá-las na metade da manhã e tratou de caminhar em direção à sua casa que ficava a cerca de três quilômetros da escola, pretendia chegar antes da chuva, porém logo a chuva a alcançou no meio do caminho.
Estava caminhando, entretida pelas gotas gélidas que caiam sobre seu corpo quando um carro parou ao seu lado, vinha da direção em que ela ia. Baixando o vidro o motorista pôs a cabeça para fora e com um sorriso cheio de maldade perguntou:
_ Quer que eu te leve para casa?
_ Não, estou muito bem aqui na chuva...
_ Está bem, mas depois não diga que eu não tentei te ajudar...
_ Está ótimo João Pedro! Mas agora me deixe ir, tenho muito que fazer...
Sem um motivo aparente ele abriu a porta do carro e saltou vindo em direção a ela:
_ Lizzie, eu soube que tu andas ensinando sobre política nas aulas...
_ Ai João Pedro! Eu estou apenas reforçando um conteúdo, este ano será ano de eleições e isso dá curiosidade para os alunos.
_ É... Mas a curiosidade matou o gato minha Professorinha!


_ Escuta uma coisa, eu não sou tua Professorinha, ai João, chega! Eu vou mesmo embora daqui em menos de duas semanas e daí tu não vai ter mais que se preocupar comigo.
_ Um dia eu disse que acabaria fazendo uma besteira só para ter do que me orgulhar...
_ Tu fica falando coisas sem nexo João Pedro, o que tu quer fazer? Diz de uma vez. Lizzie havia perdido a paciência com as ameaças dele.
_ Sabe Lizzie, eu não sou de querer algo e não ter, infelizmente para ti apesar das tuas provocações para me causar um ódio ainda maior do que o que eu já senti eu cada vez mais estou te desejando.
_ O que?!!!
_ Tu és tão xucra, arredia, uma potranca mal domada e eu quero te domar. Tu podes até ir embora daqui, não me importo, mas antes eu vou ter o que quero...
Lizzie ficou paralisada por alguns instantes, nem mesmo ela tinha resposta para as palavras de João Pedro, mas em alguns segundos recuperou-se do impacto:
_ Eu só consigo sentir uma coisa por ti agora João Pedro: nojo. E falando isso virou-se e continuou caminhando.
_ Não Lizzie, eu não vou te deixar em paz até ter o que quero. Mulher nenhuma fugiu de mim e tu não serás a primeira...
Ao ouvir ele falar ela voltou-se e acertou-lhe um tapa no rosto, ele reagiu a puxando para si e beijando-a, um beijou selvagem, cheio de ódio e do fogo que o ódio pode acender em dois corpos.


Talvez hajam aqueles que acreditem que somente o amor e o desejo consigam acender os sentimentos, criando um fogo nos corpos, mas o ódio na medida exata pode causar um incêndio no corpo, um incêndio que queima a alma e aos poucos faz com que desejos ocultos surjam e invadam os corpos, corpos que são somente vítimas, válvulas de escape para os desejos da alma.
_ Seu cretino, eu vou embora daqui amanhã mesmo...
Lizzie estava furiosa e saiu dali soltando fogo pelas ventas.
_ Liz, o que está fazendo?
_ Arrumando minhas coisas Dorothy...
_ Mas para que?
_ Vou embora amanhã mesmo, não fico mais um minuto neste lugar com este maluco por aí me atormentando...
Dorothy estava parada na porta do quarto enquanto Lizzie andava de um lado para o outro jogando as coisas sobre a cama e no chão, tinha um furor inexplicável, seus olhos emitiam faíscas.
_ Liz, eu não posso ir...
_ Não vá então...
_ Eu estou falando sério Liz, não posso ir...
_ Mas eu não posso ficar...
_ Liz! Gritou Dorothy, Dorothy nunca gritava e isso fez com que Lizzie voltasse os olhos para a amiga.
_ Lizzie, eu não vou embora, não agora...
_ Porque não?
_ Bruno...
_ O que tem Bruno?


_ Estavas tão cega com essa escola e com o João que não percebesse o que estava acontecendo, Liz, eu estou namorando com Bruno e tu sabes que minha família não vai me deixar ficar aqui sozinha. Se tu for eu tenho de ir.
_ Mas tu podes arranjar outro namorado, foi só um mês de namoro...
_ Foi mais que isso Liz, eu não tenho mais certeza de nada, mas acredito que estou grávida.
_ O que?
_ Se tu for e eu tiver de ir contigo eu não terei um pai para meu filho, é cedo para eu contar para o Bruno, não tenho certeza, mas se eu for ele não saberá e se souber como vou explicar uma gravidez e um namoro terminado?
_ Dorothy... Mas o que eu vou fazer? Não posso simplesmente fazer o que o João quer...
_ E o que ele quer?
_ Não sei...
Naquele momento ouviram alguém bater na porta, eram batidas fortes, loucas:
_ Quem poderá ser?
_ Dorothy, vá atender e se for o João diga que não estou...
Dorothy agiu conforme a amiga ditara, mas ele não aceitou a resposta, empurrou Dorothy e subiu em direção do quarto de Lizzie, abrindo a porta grosseiramente, seguido por Dorothy quase implorando para que voltasse ele disse:
_ Desarruma essas malas...
_ Liz, eu tentei impedir... Dorothy explicou-se.


_ Deixa Dorothy, pode nos deixar sozinhos... Lizzie temia pela amiga, se a gravidez fosse real não seria nada bom ouvir discussões.
_ Agora que a Dorothy saiu João tu vai me ouvir: tu não podes invadir meu quarto desse jeito, não sem que te deixem...
_ A casa é minha e eu invado o quarto quantas vezes eu quiser, a casa é minha e a mulher que está aqui na minha frente vai ser minha também!
_ Minhas coisas estão arrumadas, vou embora amanhã!
_ Se tu não desfazer estas malas agora eu não respondo por mim, agora mesmo eu te jogo nesta cama e faço contigo o que me vier na cabeça.
_ Isso é uma ameaça grave João...
_ Pois é o que eu tenho para te dizer...
_ Eu vou desfazer as malas, mas não porque tu me ameaçou... Mas porque eu não posso ir ainda.
_ O que tu tens contra mim?
_ Nada...
_ Então por que vivemos assim?
_ Porque eu não suporto que me mandem e tu só sabes mandar.
Na fazenda de Bruno havia conversa naquela noite:
_ Bruno eu acho que tu deverias pensar melhor no namoro com essa guria...
_ Mas por que Karyn?
_ Ela é tão diferente da gente...
_ É uma boa pessoa.... Além disso, é a melhor amiga da prima do Frank e o Frank sempre foi nosso amigo.
_ Frank é maravilhoso, mas essa prima dele é estranha.


_ Ela não é estranha, só não parece ser fácil igual às outras mulheres que o João costumou assediar.
_João sempre foi um galinha, não vai ser esta que vai escapar dele...
_ É... Nisso eu concordo!
_ Não sei, mas às vezes eu tenho as minhas dúvidas sobre o parentesco desta guria com o Frank... os dois não se parecem em nada.
_ Tu quer dizer que o Frank é mulato e ela loura?
_ Isso e mais algumas coisas, o Frank sempre foi um tipo paciente, na dele... Mas ela não é nem de longe parecida com ele! Explode por pouca coisa, não se deixa mandar e nem aceita que lhe imponham nada.
_ Ela é geniosa, disso eu não tenho a mínima dúvida. Mas isso tem lá suas vantagens... Duvido que alguém consiga fazer algo de mal para ela sem ter que sofrer um bocado também.
_ Tens razão... Eu acredito que no fundo ainda vamos acabar sendo todos bons amigos, mas sabe que no fundo mesmo eu tenho é um pouco de ciúmes... Afinal o meu irmão está correndo um sério risco de se amarrar.
_ Karyn... Tu sabes que nunca vamos nos separar, prometemos isso aos nossos pais e vamos cumprir. Vamos viver nestas terras e continuar o sonho deles...
_ O que eu mais quero é cumprir com essa promessa...
Eram quase vinte e quatro horas, Lizzie ouvia os passos de Dorothy de um lado para o outro da casa, o barulho impertinente foi irritando até que ela saltou da cama e foi até onde estava a amiga. Encontrou-a na sala, vagava de um canto para o outro sem parar:
_ O que está acontecendo?
_ Liz, e se eu estiver mesmo grávida? E se ele não quiser o filho?


_ Dorothy, eu não sei o que te responder, mas acredito que o Bruno não será deste tipo de homem.
_ Eu estou muito arrependida de tudo!
_ Mas agora já não é mais hora para arrependimento. O que está feito está!
_ Mas eu não sei o que fazer...
_ Tens que esperar se realmente for uma gravidez o que terás de fazer é contar para ele e juntos buscarem uma solução. Eu só posso te apoiar ficar aqui por mais um tempo, mas é só Dorothy, depois que resolverem o caso de vocês eu vou embora.
_ Liz... Me desculpe por ter feito tu ficar mesmo depois das provocações do João Pedro...
_ Não tens que te desculpar e quanto a ele eu sei bem como resolver.
Lizzie havia mentido, não sabia como resolver sua situação com João Pedro, estava prestes a ter um acesso de nervos. Ele era tudo que mais irritava ela: teimoso, grosso, perturbador e para ele era ela que representava todas estas características.
Havia ali uma igualdade de gênios que formava uma guerra cujo pavio dos explosivos estava quase queimando.

Nenhum comentário:

Postar um comentário